terça-feira, 10 de junho de 2008

Come, armageddon, come

 

A piedade pelos personagens também é uma coisa muito bonita

E se os desmandos (ainda que proto-estruturais) fellinianos lhe possam vir machucando certo tipo de posteridade, o excesso de cuore, que aparentemente os fecundou, tornava-se a melhor justificação para o extravasar, precisamente porque destemperado e irrazoável de impenitente generosidade para com a corriqueira desmesura da frágil matéria humana, da sua féerie. Nem é certo que, nesses termos de histrionismo sensório a contornar a convenção e verosimilhança dramática (ou até melodramática), não tenha mesmo funcionado como vera forma de pudor.
Mesmo se filmar a Giulietta Masina seja sempre um truque sujo.

If only we'd kept it pure...

cão d'água português