quinta-feira, 9 de abril de 2009

Da rasura


(don't get me wrong, o branqueamento da peculiar vox populi no recanto escatológico da cinemateca é rotineiro, e, lá por isso, os falos no outro lado do tabique também foram de aviada. É só que pode haver uma pungência particular nos clamores que sucedem em infiltrar-se e inscrever-se comunicantes nos recolhimentos mais inconfessáveis, que o calculismo social da memorialística pública e a sua ponderosa exibição nunca grangearia, e que os torna, de longe, veículos mais sensíveis de reconhecimento partilhado de uma falta, numa vulnerabilidade arreada, onde a reiteração de um long goodbye cala mais fundo. Certamente ninguém pretende contender com o facto de a sinceridade de um garatujante com as calças na mão (não é num Ford deliciosamente off-key, como eu julgava (se alguém tiver informações que possam conduzir à identificação da génese da line a ser citada, é favor contactar este vosso agente e poupá-lo da terrível exponenciação da degeneração obsessiva da sua vida na perseguição da instância onde biograficamente se cruzou com esse perversamente memorável dito (is it just me?...), para poder dedicar tranquilamente o seu tempo a actividades mais sãs como desenvolver um dignified drug use problem), mas é algures, que um "police" inglês ensaia como expressão mais feliz de sempre do clássico declinar da compassividade que, pelo coberto da farda a ditar a impassibilidade do dever nos gestos, não deixa de lhe animar o espírito, que «these trousers come off at night too»), no habitáculo de todas as saídas de armário mesmo fingindo que não são saídas de armário precisamente por tanto fingirem ser saídas do armário, em circunstância alguma poder ser disputada pelo rigor institutio mortis que necessariamente deve acometer quem tem ordens do infante para despachar (para lá da mais-valia lúdica que as leis da gravidade concederiam nos atilhos do primeiro cenário transpostos para o segundo cenário na circunstância de reclamar continência). Assim de repente, não sei mesmo de formas muito mais bonitas e prementes (um vero privilégio público) de se ser reclamado do que há de resgatável na ausência, para quem só pode lembrar (para lá de quaisquer outras considerações racionais que possam e devam suceder-se), que um primal aceno à remanescência de uma presença, algo infinitamente mais orgânico que o enrolanço com strange bedfellows (desde logo na compostura) no elenco de inscrições impessoais para a posteridade. Enfim, que querem?, a mim comovia-me)