sábado, 18 de novembro de 2006

Regime de Dedicação Exclusiva

Quando o Sérgio Godinho deixar de se prestar às prestes-a-atingir-níveis-históricos-de-vomitório legitimações simbólicas do futebol (que delas não carece), como um dos comentadores de prestígio cultural em programa de relambório de, e para, treinadores de bancada, então eu compro-lhe o disco (que o espólio é belo e longo para suportar a privação).

4 comentários:

. disse...

É um bom disco. Muito melhor do que o seu antecessor, Lupa (2000).

Anónimo disse...

Ora, não me faça vacilar na resolução, que o Godinho está quase a cair em si com toda esta pressão... Mas olha que eu acho o Lupa um bom disco. Mesmo que algo desigual nas composições (que o era), havia ali uma identidade estilística que era algo a que o aventureirismo (ainda que muito saudável) do Godinho andava (por vezes demasiado) arredio há bastante tempo, como no, para mim, até hoje, demasiado eclético-que-vai-a-todas Domingo No Mundo, e que o torna audição muito aprazível na sua inteireza. E tem uma das melhores canções de sempre do cavalheiro, coisa rara e recompensadora de dizer-se após tanto espólio acumulado...

Bruno Sena Martins disse...

É, também preferia o Jorge Gabriel.

Anónimo disse...

Faz todo o sentido... E quando nos dois campos expressivos se ressente a desadequação, algo está mesmo errado. Embora me inquiete a especificidade da preferência manifestada...