quarta-feira, 26 de julho de 2006

Death 'n company

«Ele deixou escapar uma exclamação confusa, ruborizou-se de alto a baixo, sacudiu-me a mão com toda a força… - e no segundo imediato, já sozinho na câmara do navio, fiquei a ouvi-lo subir a escada da escotilha, cuidadosamente, degrau atrás de degrau, com um medo mortal de suscitar a ira brusca do nosso comum adversário, que era amarga sina sua trazer, com plena consciência disso, dentro do peito vulnerável
(Conrad, «A Linha de Sombra»)

O saber é constitutivo da sina. Nomeia a sentença e impregna do seu presságio e piedoso reconhecimento, agora escancarado no tempo, o tecido das acções e relações que incorporavam ao escoar descomprometido do que as carnes sentiam poder dispensar do rubro fluido.
Os adquiridos colectivos recobrem tanto as externalidades que estilhaçam em cada corpo... Não é questão, que raio, sopesar tanto persistir ancorado; é tão somente um corpo não mais poder morrer a vida em paz, apenas maré de possibilidades, e apiedar na quietude um quasi-fútil cerco, sem nunca barrar de tanta lâmina o alcance... Alimentar o albatroz para cuidar da certeza do seu poiso, e os olhos devirem servidores absolutos dos gestos que o cumpram. Estagnados, absurda esquiva afinal cumprindo destino antecipado.

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