quinta-feira, 12 de julho de 2007

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Como se faz, quando se não tem palavras, quando não é comunicável na circunscrição da aceitação social o que corrói a nossa pertença a nós. Acolitados na invocação de almas outras dizia-se sing a song. Mas o que se faz quando até a voz se tolhe, quando já não ecoa a nossa vibração a ressoar nas cordas de outrém que melhor nos disse? Esgravata-se a memória das canções desses dias, à procura do consolo de um fogo que ardeu nesses dias, cujas cinzas colhemos e lembramos que cantava, como se fora hoje esses dias: «silence is here again, tonight». Porque já nem o silêncio é nosso para dizer. Essa memória é a dissipação do nosso dia.

Clamorosa e obviamente, non-Sigur-bela-merda-Rós-related