sábado, 16 de dezembro de 2006

Polinização

que as coincidências (ou não) são um motor produtivo do mundo

«COLOSSAL YOUTH»/«Juventude em Marcha» - Pedro Costa
quando Ventura coloca um disco com o "Labanta Braço", música de Alcides S. Brito, pelos Tubarões, celebrando a independência de Cabo Verde, e tão mansamente aquietará o escarafunchar nervoso, que fazia saltar a agulha, de Lento na mesa, com a caneta com a qual não sabe escrever uma ditada carta de amor para a distância, na rememoração presentificada de suspensão temporal exilada, marginalizada, periclitante no pós 25 de Abril.

Labanta braço se bô grita bô liberdade

Grita povo independanti
Grita povo liberdado

Cinco di Julho sinonimo di liberdadi
Cinco di Julho caminho aberta pa flicidadi

Grita "viva Cabral"
Honra combatentes di nos terra


If you think the world is
a machine with one cog
And that cog is you,
or the things that you do
Then you are not in this world
The world is not you

If you think the world
is a balloon in your head
When it goes bang only
you will be dead'
Cos you are not in this world
The world is not you

If you think the world lies
at the top of your legs
And you only live when you are in bed
Then you are not in this world
The world is your head

If you think the world is
a clutter of existence
Falling through the air
with minimal resistance
You could be right, how would I know?
Colossal youth is showing the way to go

7 comentários:

Anónimo disse...

quer-me parecer que há qualquer problema com o servidor, isto não se ouve nada...

offtopic: parece que os teus comentários aos "óscares" deram que falar, hã?

Anónimo disse...

olha, afinal deu; passados uns minutos entrou.
grandes recordações, embora os tubarões alvo de nostalgia especial, já que em (des)caminhos fui, na juventude, levado até uma casa de má fama para os lados da qtª do conde ou como é que aquilo se chama, e não é que os rapazes estavam a tocar numa boite da terreola?
escusado será dizer que a minha dança com as putas foi o ponto alto da noite, num concerto inesperado para uma audiência mais interessada nas coxas do pecado que na expiação musical.
há coisas fantásticas, não há?...

Julinho disse...

Que descrição fabulosa. A Quinta do Conde fez claramente justiça aos seus pergaminhos (que os terá, certamente). Já essa most (un)holy of unions, também poderia ser, no reflexo das damas da noite, a materialização eloquente de quanto a expiação musical só se extrai das coxas do pecado. Ou de como às vezes ninguém como uma puta (soit disant) para ajuízar de uma boa canção...

A porcaria dos ficheiros, avisas bem, já tinha a suspeita que não carrega logo. Ia aliás pôr esse aviso em comentário, mas esqueci-me. De qualquer forma, em carregando no botões, ele acaba por fazer o favor de dar baile. É só preciso querer muito...

Os comentários, como diria o outro, é só fumaça...

c disse...

cheguei aqui através d' as aranhas. um bocado atrasada, não é? e com más intenções: quero roubar a canção dos tubarões. posso?

Anónimo disse...

Atrasada? Por muito que aprecie ser-lhe anfitrião, devo dar o insider's advice: não perdeu nada (mas é a casa é sua). Por isso, é always on time.
Com más (boas) intenções? Pela pouca (nenhuma) parte que me cabe, se fosse necessário ratificação, subscrevo-me cúmplice: pode e deve. É uma serventia que se faz. Bom proveito.

c disse...

obrigada, vou fazer uma festa :)

Anónimo disse...

É caso para isso. Felicidades, coladeras e imagens inexoráveis.