quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Of course not, it was me

Se a "não-identificação" com as nossas palavras, ilusionada (vá, não chateiem) pela intermediação tecnológica de um meio de produção de discurso, como o blog, pode ser condição de nos capacitarmos psicologicamente a escrever, a sobre-identificação com as palavras desses outros com um passo atrás à mão é a condição mediada de engajamento prosado que nos faz coabitar voluntariosamente nestas arquitecturas pessoais perspectivadas pelos próprios de fora, e, não fora o autor levar o teste da não-identificação das palavras próprias ao limite assinando-as por baixo, tentando-nos à fraude do roubo de identidade e eventualmente clamar fui eu que escrevi isto.
No fundo, a melhor forma de elogio blogosférico (esquecendo as suas potenciais ambiguidades para quem escreve para not-so-hidden agendas implementar) pode bem ser, por breves segundos e a espaços regulares, ter vontade de apagar alguém do mapa.