Vale morder e arranhar
Eu sei que marcar calendário num blogue com a minha periodicidade renitente é menos que risível e potencialmente mais que enfurecedor caso o aviso seja pertinente para alguém. Mas um qualquer desavisado sortudo justificará o teaser e a frustração infligida aos interessados que falharem a data (quem vos manda poderem passar mais que um dia sem vir desesperadamente em busca de novas minhas?).
Neste mês de Dezembro nada menos que dois-deux-due filmes de António Reis e Margarida Cordeiro passarão na Cinemateca. Afora o valor intrínseco do acontecimento, nem que lá passassem todos os dias, estímulo inquestionável sem carência de mais circunstâncias abonatórias para imediatamente se abandonar a caseira ass-shaped cushion (falo por mim, claro), ocorre que nem DVD nem o diabo a quatro trará, até ver, estas películas a burguesas (e convenientes) mãos (e a minha videocassete doméstica da Rosa de Areia não está para empréstimo, parem de pedinchar, é humilhante) que se fornecem de "cinema" na FNAC ou na prevaricação internética (coisas que podem ser justificáveis, sim, mas só na falta de melhor opção). Por isso, é favor cancelarem as vossas vidas, a começar, esta sexta, porque às 21:30 a primeira instalação da dupla efeméride do mês passa na Sala Dr. (é mesmo assim, tão pitoresco) Félix Ribeiro, e intitula-se «Trás-os-Montes». Dia 11 passa «Ana», às 15:30 (julgavam que o cancelar as vossas vidas era piada, não? - fake a heart-attack, tenham uma recuperação miraculosa na ambulância, e peçam para vos deixarem na Avenida da Liberdade porque já agora têm que ir à repartição de finanças).
Mais aviso que não consta que haja palavra passe, seguramente estaremos em disposição concêntrica, e envergar o hábito não é obrigatório, mas olhem que ficavam bem na fotografia.
(para tudo o mais (a expressão é para ser levada à letra), para quem não soubesse, é favor dirigirem-se aqui)