quarta-feira, 26 de abril de 2006

25-de-Abril-só-de-vez-em-quando!

25-de-Abril-só-de-vez-em-quando!
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25-de-Abril-só-de-vez-em-quando!


A produtividade deste exercício é tentar fazer-me finalmente perceber na pele qual o estímulo central para a propagação absolutamente anti-malthusiana, pelo espaço público afora, de provocadores em voluntarioso registo de estrepitoso simbolismo dito (e/ou pretendido) reaccionário, em cruzada volvida bem-pensante (com novas auto-nomenclaturas e discipulados teóricos - como os velhos marxistas) e com pretensões heterodoxas, contra um suposto establishment progressista (a política é contradição). Acho que já percebi uma fundamental justificação da coisa: é que isto é divertido!

2 comentários:

Anónimo disse...

ainda bem que alguem consegue ver divertimento nisso!

mas com tanta repetição, consolidas a coisa de tal forma que ainda te arriscas a que o "de vez em quando" seja mais que uma vez por ano...

Anónimo disse...

Humm. Bom, assumindo que eu sou o "alguém", será de presumir que, como previ ser possível, a minha intenção discursiva ficou demasiado passível de ser plasmada ao segmento provocatório que lhe pretendia dar certa sustentação exemplificativa. Se estiver enganado, o que segue não tem interesse nenhum. Se não estiver, tem interesse limitado. Isto porque, mesmo que a minha intenção discursiva não se quede no plano da provocação, obviamente que pode ser contestada por ter expresso provocatoriamente uma postura que colide com certos entendimentos fixos de certos marcos simbólicos (tipo: com o 25 de Abril não se brinca).
Ainda assim, no plano na intencionalidade discursiva, impõe-se um esclarecimento, porque não tenho vocação nem feitio de polemista, pelo que se algum gosto retórico caiu num terreno de possível ambivalência, faço questão de nesse plano de intencionalidades resgatá-lo.
A primeira forma de esclarecer a coisa é muito simples, e provavelmente a mais cabal: este post não tem nada a ver com o 25 de Abril. Utilizo uma "perversão" de uma "frase de ordem" associada à data, como mimetismo de um certo tipo de operação retórica, através da qual se tem definido em certa medida uma discursividade pública que em geral agora gosta de se denominar "conservadora", que se tem investido numa retórica elegante (digamos) e distanciada, apostada na contestação de certos elementos culturais associados a uma concepção, chamemos-lhe progressista, da política, por via de um registo sarcástico. Elegância trocista essa possibilitada precisamente pela exibição de um cepticismo antropológico, vertido em figura de estilo, que potencia a criação de um efeito retórico de distanciamento social (elitista, consequentemente), através do qual o descomprometimento com qualquer voluntarismo de mudança social se permite expressar através de um sarcasmo todo-poderoso, porque virtualmente inatacável no seu registo destrutivo (e muito menos propositivo). Ora, o sarcasmo e outros quejandos exercícios retóricos têm, de facto, quando bem empregues (retoricamente, claro), um poder de gozo (nos dois sentidos) assinalável, através do qual a sedução desse registo se exerce, bem como o seu efeito demolidor (porque não contrapõe, apenas expõe o outro, debilitando-o, sem uma postura que o outro possa nos mesmos termos visar). Nesse sentido, ao pretender exemplificar o sentido de tal registo, e ao minimizá-lo à condição de um divertimento, estava-se, na medida do possível, precisamente intentar o exercício de visar a lógica que assiste a essa estratégia retórica, a partir das suas próprias ferramentas retóricas, não receando (porque é condição dessa possibilidade de reversão discursiva) mimetizar em certo passo a possibilidade de assumir esse registo sarcástico (ou aqui, convenhamos que quando muito, jocoso, porque propositivamente inócuo) relativamente aos próprios símbolos e elementos culturais e propositivos com que nos identificamos.
Ou seja, aquilo que nos assistia era basicamente desarmar uma estratégia retórica a partir das suas próprias fundações, revertendo auto-criticamente os seus fundamentos contra si própria. Por isso, quando digo que "isto é divertido", creio estar claro que não era para ser levado à letra (ou pelo menos, para ser esgotado nesse entendimento à letra - embora possa epidermicamente, efectivamente ser divertida: o humor não se alimenta só de coisas inócuas, como qualquer um de nós honestamente pode reconhecer). Claro que, como reconheço, se pode tomar a posição de crer ser essa estratégia retórica indesejável, e haver certos elementos culturais e simbólicos da nossa ordenação social nos quais não se deve mexer. É algo que respeito, e se for a partir dessa localização que enuncia o seu desagrado (mais uma vez, se bem entendi) face ao meu enunciado discursivo, a legitimação deste a partir do esclarecimento da minha intencionalidade fica, como disse, limitado. Resignar-me-ei a isso, discordando, no entanto, de um excesso reactivo a exercícios retóricos que têm precisamente como único fito extrair essa reacção para demarcar a retórica singularidade superior, inatacável, do seu posicionamento. Nesse sentido, e digo isto sem acinte algum (creio que é claro), a sua eventual reacção negativa ao exercício que propus (exercício que contém em si os termos da sua própria negação) é um exemplo de segundo grau da eficácia dessa estratégia provocatória: mesmo quando se tenta usar a provocação para pôr em causa esse tipo de estratégia retórica (como era minha intenção), o efeito da provocação corre o risco de sobrepôr-se epidermicamente à intenção discursiva.
Creio que me expliquei o melhor possível. Acrescente-se apenas que a «tanta repetição» se configurou na necessidade de ter um efeito gráfico suficientemente expressivo da exemplificação provocatória, e não da minha incontrolável pulsão para o presumível divertimento. E se daí se der o caso curioso, ainda que nos seus termos insondável, de termos 25-de-Abril-mais-do-que-de-vez-em-quando, creio que também será óbvio não ser coisa que me moleste (confesso que confiava na formatação de uma imagem autorística para me pôr a resguardo de tal suspeição, mas esqueço-me, claro, que um post pode ser apanado e lido isoladamente, sem agregação a um plano autorístico que o contextualize). Quanto mais não fosse (there I go again) sempre achei que um cravo na lapela beneficia a minha tez.