Os tempos esperados
Assentava Setembro. Juravam os telejornais, visionados nas salas acolchoadas com naprons, pela desregulação climatérica, na face da indiferença alimentada dos tempos incorporados. O aprazado na estabilidade dos ciclos seguia tergiversando na face da incomportável desestruturação da permanência do futuro. Na aurora seguinte começaram os trabalhadores rurais a estrumar os solos ao largo da minha janela. Não tardaram a emergir as melgas, a fazer de meu corpo seu pasto. É tão bom sentirmo-nos úteis.
4 comentários:
Cada um contribui com o que tem ; )
...e a mais, por definição, não pode mesmo ser obrigado...
Olá Julinho! Quem me dera ser uma melga.
Olá pk! E eu quem me dera ter corpo. Bom, mas, credo!, não para seres uma melga, agora que ideia, e que perda!... ora, desde logo, as melgas não escrevem (e para esse efeito, também não tiram sabáticas de comentário - bons olhos a leiam novamente). Trust me, sempre é melhor ser um amontoado cibernético. É verdade que eu, pela minha parte, já não posso aspirar a mais, mas não sei se não o recomendo: a eterealidade é muito mal compreendida...
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