My name is...
Muito se discute sobre pseudónimos e insultos gratuitos e abusos de liberdade discursiva (e caixas de comentários) nestes espaços virtuais. Mas é (em moto pseudónimo o digo) discussão não muito pertinente: a credibilidade de quem gere personas ou não-personas para a impunidade obviamente não se sustém, é insulto ao próprio, e constitui até indicador de certa rasteirice e estatística de lobotomias nacionais às quais a sua manifestação nos permite estar alerta.
Parece-me bem mais interessante a gestão dúplice da condição personalista de quem se instala simultaneamente no mais formalizado espaço público e no mais informal e recolhido da blogosfera. Repare-se como ela permite desdobramentos discursivos, tais como alguém que se leva a sério na vida pública (e se faz levar a sério na vida pública) se sentir confortável para exibir de forma algo lamentável , em discurso "sério" (precisamente porque personalista), certos revolvimentos do instinto político.
Reparei que o autor apagou alguns dos comentários ao seu post (nenhum meu, esclareça-se). Estou certo que teve bons e sensatos motivos para o fazer. Parece-me que também devíamos estar disponíveis para repensar mais vezes os posts que nos fabricam neste planisfério. Nunca é tarde para o arrependimento (sem cangas ideológicas ou teológicas aqui ao meio, atenção). É também a diferença entre a inconsequência chocarreira e a vera seriedade (para mimetizar dicotomias), principalmente quando esta é evocada para justificar o insulto.
(como os exercícios de seriedade - salvo seja - de pseudónimo exigem muitas cautelas, acho que também devo esclarecer que não sou o sapo com óculos, e na verdade apenas posso adivinhar quem ele fosse/seja, dada a sua não nomeação pelo autor - o que também pode ser indicador de algo que não abona em favor do dito. A menos que fosse a subtileza retórica para "proteger" - do próprio autor - o próprio "sapo" no seu nome próprio, ou para deflectir reprovações como a que ora se propõe. O que também...)
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