quarta-feira, 1 de março de 2006

Tarde piaste?

Tampis. Que aniversário deste também não se deixa passar. Neófito, indolente, impaciente, inconsistente, o meu guia Michelin de blogs não se queda em muito poiso. Mas, rasando por este, ainda sem exercer o demorado apego de rebuscar os arquivos do olvido, basta quase um qualquer post, no declinar de uma frase, no esboçar clareado de uma ideia feita fresca na língua, para este ser dos poucos blogs (blargh), que em ocasião vou impenitentemente conspurcando à menção, que me fazem não desmerecer esta esfera (a minha inclusão sendo espúria ou acomentimento contrário).
Para que a afirmação não vá sem substância, só isto, material fresquinho, me cativaria por longo tempo a aturada atenção:

«É interessante que me tenha colocado essa pergunta, pois encontro-me precisamente a redigir uma tese sobre a omissão de figuras felinas na história da arte ocidental. Ocupo-me sobretudo do período impressionista. Nem todos os amadores se dão conta da subtileza de que um Monet deu mostras ao evitar inserir gatos na sua série dos Nenúfares. Cada quadro traz consigo uma nova e original aproximação ao tema, uma nova forma de declinar o leitmotiv da ausência de corpo peludo e rechonchudo, vagamente entediado.» (R.C., funcionário dos serviços postais, Massamá.)

Os parabéns são excrescento, não são? Pois são. Dito isso, quando não se lhes resiste, está mais dito que o que se poderia dizer:
Parabéns.

(De nada, for what it's worth)

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