domingo, 30 de outubro de 2005

O Meu Tsunami É Maior Que O Teu

A Visão da última quinta-feira tinha um suplemento especial com o título «O dia que abalou o mundo», dedicado ao terramoto de Lisboa de 1755. Hoje, o Público expõe o título «Os 9 minutos que abalaram o mundo». O PRIMEIRO destaque em ambos, é que o terramoto abalou o MUNDO.
Admito, em penitência, que posso ser eu que já estou demasiado inoculado e encaniçado contra as patéticas materializações do orgulho nacional que se inventam neste país (como a persistência em conjecturar os recordes do Guiness mais acéfalos possíveis – se fosse da Guiness...). Mas parece-me que chegámos ao ponto de, ainda que inocente ou inconscientemente, o pendor para a projecção nacional já nem ter pejo de se sustentar em chão de cadáveres e destruição (que orgulho!, o Voltaire escreveu sobre o assunto! E o monstro de Loch Ness ficou com uma enxaqueca com a agitação no lago! E foi um grande dia de surf nas Caraíbas!). É verdade, não li os suplementos em detalhe, mas entre competentes e sensatos dossiers históricos, políticos, geológicos e arquitectónicos (e neste plano já se dizem abertamente loas ao terramoto por ter permitido o “arranjo” pombalino – ahhh, a distância histórica), cheira-me que lá pelo meio não deve faltar uma subtil referência a «o meu tsunami foi maior que o teu».

6 comentários:

Anónimo disse...

Tenho uma pila maior que a tua, nah, nah, nah...!

Anónimo disse...

Se alguém que, pelo menos por ora, só reconheço ciberneticamente me anda a dizer que tem um pila maior que a minha (embora eu não conceba tal como POSSÍVEL!ahhh...), das duas duas: ando a descuidar demasiado o resguardo dos meus genitais e o meu anonimato é claramente improducente.
Existe uma terceira possibilidade. Mas essa fica para segundas pilas, aliás, núpcias, aliás, postas.

Anónimo disse...

Oh caro julinho, surpreendes-me. Vinha a propósito das comporações dos tsunamis. Um problema de escalas apenas...(e eu não tenho pila...por enquanto)

Anónimo disse...

Eu sei que sim (à primeira).
Eu desconfiava que sim (à última), embora tenha sempre a cautela de não presumir que não pode haver criaturas dotadas de pila (isto está-me a soar mal) a mandar-me beijos.
Dado isto, pk?, conclui-se que também me surpreendes. Já devias saber que sou um falocêntrico obtuso, e que mesmo sabendo aquilo tudo atrás mencionado, não ia perder a possibilidade de falar do meu falo...
«Just another false alarm»

Anónimo disse...

Ah, pois. Problema de ego, escreveste já. A propósito de beijos e formas fálicas, não te prives! Também não te justifiques...

Anónimo disse...

Só "bom conselho".