Finalmente, o post sobre a actualidade porque todos ansiavam
Eu não tenho alma
(isto não é um post sobre os cartoons e geo-política religiosizada, quais civilizações ou colectivizações duvidosas qual carapuça)
e não gosto de aniversários
(isto não é um post sobre mim)
e nunca me tendo encontrado com a entidade em questão
(isto continua a não ser um post sobre religiões, pelo menos não das que dão direito a manifestações públicas)
mas já tendo trocado palavra sob a forma redutora de "comentários" com uma sua aparição de poderes linguísticos often (inglês) extraordinaires (francês) (how poliglotas we are! - mas não tens tradução para poliglota, pois não nababo?)
(isto não é um post sobre amiguismos editoriais)
I wonder if I can sing along...
39 comentários:
My dear, dear Yester, of course you can sing along!
(Should I cover my ears first?)
Oh!, thank you.
(it would be wise, não só por o desfrute da minha repenicada voz de barítono/tenor/contraalto/castrato ter carácter sirenaico, mas também porque devo garantir com "no witnesses" a perene dúvida sobre se alguma vez cantei parabéns sem ser sob coacção física)
Quer dizer que será a primeira vez que cantas os parabéns sem ser sob coacção física???
1. Bom, desde a famigerada invenção do psicossomático, tudo é físico ou tudo é psíquico consoante as circunstâncias/conveniências. Donde, digamos apenas coacção.
2. Só posso eventualmente ter cantado se tapaste os ouvidos, donde do facto per se só estas paredes o sabem. Reputation, reputation.
I see...
( que é aquilo que os ingleses dizem quando não percebram patavina)
Well, never mind that, it didn't matter anyhow, and have a nice cup a tea.
(que é aquilo que alguns ingleses dizem quando querem dizer caga nisso)
Curiosamente, é mesmo o que estou a fazer neste momento. Having a nice cup of tea, of course...
Ainda bem que concretizaste. For a moment there I thought you were taking a dump (ainda por cima a ler-me...o que faria de mim versão internética de rótulo de componentes de shampoo).
Confesso que nunca leio enquanto coiso, cago. Nem rótulos de champô, nem revistas cor-de-rosa, nem os classificados, nem os desclassificados, nem blogues. Já enquanto bebo chá, uma coisa parece que pede a outra. Inexplicável.
Perdoarás, mas continuo confuso nos verbos: o chá pede-te o ler ou o ahh coisar (não esse coisar, o outro coisar de que estávamos a falar, ou enfim de que eu tenho estado a falar all my life)?
O chá pede o ler e o ler pede o chá, filho, vá lá, acalma-te. O cagar, a única coisa que pede é que me dirija à retrete minimamente limpa mais próxima.
E já agora, aquela tua posta da semiologia à queima-roupa 1 (ou seja, já estará prevista pelo menos a 2) está simplesmente fabulosa. A genialidade numa dúzia de palavras é sempre uma coisa de louvar.
Já estou mais calmo (por acaso estou mais atribulado, mas para o efeito estou mais calmo).
Éééé, por uma vez modéstia completamente aside, aquela saiu a modos que perfeitinha. Infelizmente o (1) é apenas declaração de intenções ou desejo, como quem diz isto dava uma bela série. Mas como genialidade, muito menos da epigramática, não é prato cá do burgo deve ficar-se por uma série de um. Oh well... Se sua genialidade se quiser apropriar do leitmotif, era um ar de graça que lhe dava.
Ora, Yester, fico muito comovido com a sugestão, mas só se me sair naturalmente. E como o meu poder de síntese exige, regra geral, pelo menos duas frases (é o esquema da punch line, só que com caramelo por cima), não creio que vá dar continuidade à tua série. Mas se calhar, não deixarei escapar a oportunidade.
Oh, mas com certeza, a sugestão estava inteiramente submetida à vigência do acaso e inspiração. Claro que mesmo com essa propensão sintética bi-frásica (apeteceu-me...), não creio que a eventual série exija uma fixação morfológica na single line, pelo que, não seja por aí que te coíbas. E mesmo que o exigisse, tudo foi feito para ser prostituído, excepto o que guardemos na sépia. Mas isso não é matéria de blogues, embora por vezes me enganes nessa assumpção. A propósito, o postal de valentim estava um pitéu. Se o comercializasses havia umas almas a quem o remeteria com excelso prazer (perverso ou não, quem o saberá).
Ora Yester, estragas-me com mimos. Eu depois fico insuportável e a culpa é toda tua. Shame on you.
Realmente, sou capaz de andar meio meloso... No que a decadência moral física dá... Enfim, no que os outros possam sofrer em consequência da consequência das minhas palavras, I'll take the blame. Mas como no teu insuportável se pode instalar parte da tua melhor inspiração, talvez ainda o país me agradeça. Ficava-lhe bem.
Pronto, e lá estás tu outra vez... Que coisa, pá, que coisa. E pràqui a desenvolver esforços desmedidos (ui) para me tornar uma pessoa boazinha e tu, com sucessivos ataques de cinismo pueril (sim, eu sei) a estragar tudo. Mas qual é? Andas a ouvir Belle & Sebastian ou quê?
Não. Ando a VER Belle & Sebastian (I think that covers it...).
(E a ouvir/macerar o hail to the thief - finalmente puseram-no a preço de promoção - ainda não ao meu patamar básico de 7 euros, mas não resisti...)
Quanto ao resto não percebi nada (cinismo pueril, sim eu sei???), mas suponho que o bonzinho já está a amealhar motivação para se encaniçar. Yummi. Ainda que, estás à vontade, o teu bonzinho também é uma nice change do mauzinho com que tentas embrulhar o teu grande recheio de kinder delice!... Grande fajutão, you...
(that should do the trick...)
Eu a provocar-te, e tu a contribuir ainda mais para o meu arsenal pseudónico (o fato com o Y está quase pronto)... Now I feel guilty...
Von Yester signing out
A ver os Belle & Sebastian? Quaisquer 2 segundos de música deles fazem-me adormecer imediata e profundamente, e talvez seja por isso que nunca os vi. Quanto ao Hail to the thief, acho que vais muito bem, embora não devesses ter demorado tanto tempo.
Quanto ao resto, olha
Não, não, a ver Belle & Sebastian, uns desenhos animados que parece inspiram aí alguns nostálgicos, entre os quais supostamente á homónima banda, e não tendo realmente visto tais desenhos suponho que expliquem bem o efeito que a sua música tem sobre ti. Não posso desconversar... Quanto ao Hail to the thief, para o bem e para o mal, as minhas temporalidades não são as deste tempo, pelo que só o ouvir o Hail to the thief já é uma sorte (genericamente neste contexto, e para mim em particular - afinal a bitola não tinha baixado tanto, ou nos termos em que a pressupunha, ou se baixou não me ofende propriamente).
Acho que já não há resto, se é que alguma vez houve.
O tom de desalento, Yester, que horror.
Que horror.
POr favor, diz-me que não rapaste a cabeça para escrever isso (esta malta do writer's studio...)
Não sei porquê, mas estou com a sensação de que acabei de ser ultrapassado por uma referência cinematográfica...
Que maldade.
Wicked me.
Mas considerando que a evocação foi do Brando (a entrar mas ainda não entrado na sua fase badocha), o piropo foi bastante brando (oh oh ahhhhhh)
E de facto pareces andar muito brando.
(e continua)
Posso ser-te útil em algo inútil?
Isso da tua insistência no termo «badocha» é alguma boca ao meu problema de saúde? Tu queres levar?
(lá se foi a brandura)
Não, à primeira (tenho apenas grande afeição por essa terminologia)(e qual é o teu problema de saúde, que me deixas preocupado)? Sim, à segunda (but that's immaterial)
(nnnnnão, ainda foi bastante brando - sem badocha...)
Aham... Sim à segunda... Hmmm... Ok... Então e... Mandas-me o teu número de telemóvel ou mando eu o meu?
Ai filho que obsessão. Sempre com a chibata em punho. Ainda por cima para fugires com o rabo à seringa - movimento curioso, mas respeito plenamente os resguardos de privacidade mesmo os que se exponham enquanto resguardos. De qualquer forma o meu lombo é de pousio, pelo que a perversão é sempre em mim cosa mentale. Se te apanhar numa sala cheia de gente logo falamos para ao menos a coisa ser propedêutica.
Saúdinha camarada
Propedêutica???
Ora, o resguardo foi a modos que coiso, até porque eu já tenho falado publicamente do meu problema de saúde: obesidade. Estou uma baleia, pronto.
Ora, sabes bem que do açoite à propedêutica vai o espaço de uma antecipação.
«já tenho falado publicamente do meu problema de súde»
1 - a noção de problema de saúde está mesmo demasiada alargada e cada vez menos densa.
2 - no teu caso, ou me escondes algo, ou vai chamar a tua obesidade problema de saúde a outro. És rapaz forte como se diz na terra, precisas de te alimentar para sustentar essa estrutura óssea. Vais-me dizer que não fazias as delícias das cachopas roliças de bochecha rosada lá na aldeia da fantasia (que panorama!)
Baleia... Quando fores uma morsa vem falar comigo.
3 - pela disposição frásica, creio ser justo inquirir - are you running for office?.
1 - a noção de problema de saúde está mesmo demasiado alargada e cada vez menos densa? Achas? Mas de onde é que foste tirar semelhante ideia? O facto é que não fui eu a alargá-la (a única coisa que eu alargo é a barriga) e muito menos a desdensificá-la. O facto é que agora tenciono aproveitar-me desse alargamento e desdensificação. Para quê ser o gordo que come demais se posso ser um doente?
2 - Eu já fui um rapaz forte, há uns meses atrás. Agora, sou uma baleia. E essa de eu "esconder algo" tem muita graça, especialmente vindo de ti precisamente no contexto da provocaçãozinha reincidente. Se estás à espera que eu me descosa, esquece: esse papel cabe-te e a mais ninguém. O mais que me pode acontecer é rebentarem-me as costuras por causa do problema de saúde (coisa que, aliás, até já aconteceu).
Mais, a ideia das "cachopas roliças" da "aldeia de fantasia" provocou-me uma repugnância quase intestinal. Presumo que seja o teu contributo para a causa do meu emagrecimento.
3 - I'm always running from.
1- good for you
2- o "esconder algo" não era provocaçãozinha (embora perceba que o teu afecto por essa fórmula te leve a visioná-la por todo o lado), era só preocupação pelas possíveis consequências de saúde "tradicionais" efectivas desse "novo" problema de saúde que seria a obesidade, que não sei (obviamente) se sofres ou não. Espero que não, e seja só (salvo seja) alargamento de categorias e costuras.
Quanto ao contexto de "provocaçãozinha", e a pressão para "descoser", se te estás a referir a teres sido tu a ser o meio da minha revelação de ser um Lombroso retoricoforme, there you have it. Só não to explicitei como tal porque não tendo a possibilidade de concretizar a identificazione di un uomo a tempo e in situ de o saúdar de forma complementar à saudação que me fizeste no mesmo espírito há tempos atrás, pareceu-me que podia esperar pelas devidas circunstâncias. Aliás, devia esperar pelas devidas circunstâncias, qualquer outra alternativa seria futilmente pateta. E, como sou fraco e uncriative, claro que não podia, no entanto, resistir a tal material discursivo, pelo que: postada. Quando muito, com os teus pergaminhos, suporia que achasses graça a tal processualidade. Enganei-me, ou antes, falei/escrevi demais, as minhas desculpas, não te queria fazer sentir assimetricamente acossado desta feita.
3- good for you. acho...
Ah, mas eu achei piada... Estava era a ver até onde é que a coisa ia. Pelos vistos ainda vai mais longe do que eu pensava.
Folgo em saber que achaste piada. Mas fico (as usual) sem perceber onde é que a coisa foi. Suponho que continue a fazer parte do alimento dialéctico da longa piada (o que, acautele-se, não é piada às tuas costuras).
As costuras, a bem dizer, não são bem minhas mas da minha roupa. A elas é que eu obrigo a representação de um papel difícil. Não te queixes.
???
Raramente me queixo. Sou um menino de coro do fado.
Que feitiozinho que tu tens, ainda consegue ser pior que o meu!
Parece-me que atingimos aquele ponto típico de crispação (quase 40 comentários - não foi mau) que requer a minha saída de cena. Como é hábito, e a menos que aconteça algum imprevisto, voltarei para contaminar uma caixa de comentários daqui por algum tempo.
Sabes que isto tem muita graça. Na verdade o que escrevi não tinha crispação nenhuma. Simplesmente não percebi nada do que disseste e como deixar ficar só pontos de interrogação me parecia uma grande falta de educação acrecentei um comentário vácuo (quando muito suponho interpretável como lamentoso) a um pedaço isolável do que tinhas escrito.
Ou seja, se me interessasse ser retoricamente consequente (só que estes efeitos sistémicos são bem mais giros...) tinha que começar a enxamear dos teus "emoticões" o que escrevo, porque manifestamente os meus estados de espírito não conseguem ser traduzidos pelas minhas meras palavras. Sendo que provavelmente só esse sistemático tresler faz esta tresvariada produtividade "comentadora".
Nada disto obsta, claro, à tua saída airosa. Afinal, é "Carne Vale", donde, as eterealidades logo terão novamente poiso.
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