domingo, 9 de outubro de 2005

Conversa Inacabada

Das exíguas almas a que outorgo ideia de amizade, boa parte (and counting) se tem postado à distância da voz e do olhar (do tipo vintage humanamente destilado). Se algum mérito a tecnologia pode ter, é dar um sentido mais nobre às insuficiências humanas. Keep in touch é frivolidade que não subscrevo. Se me devo alcandorar a miradouro contingente, para emprenhar de surpresa interacções de outras formas despojadas, pois seja, este é o posto (e seu prazo de caducidade) donde entabularei certas conversas inacabadas (na permanência de buscar as suas formas e intimidades). Daquelas que se sussurram na penumbra e negam o atentado atroz da madrugada às noites que se prolongam suavemente desveladas. Os seres conhecem-se e perdem-se para se reconhecer novamente, sempre em zonas de sombra. Façamos-lhes justiça. E seja benvindo quem vier por bem...

2 comentários:

Anónimo disse...

Há muito que o esperava, e, hoje, este projecto salvou-me o dia... Não vai ser fácil de digerir, desconfio; nem sempre será alegre, antevejo; mas, sem dúvida, será um lugar inteligente de encontro, descoberta e, certamente, de aconchego. O que daqui vier, virá por bem! É uma honra ter o primeiro comentário!

Julinho disse...

Bingo!
«I made wine from the lilac tree
Put my heart in tis recipe
It makes me see what I want to see
And be what I want to be»

Aí está uma conversa que iniciada, mesmo já feitas a exéquias, não termina. É uma bela memória, "and I do love her so".
É uma honra ter tal primeiro comentário.
Obrigado pela reminiscência, e pelo que dela sequirá.